OFFF 2008, Dia 2

Resumo e notas do segundo dia:

50Done & Friends (Rui Vieira + Fullsix)

Fiquei impressionado com o trabalho desta agência e dos seus “amigos”. Isto faz-me acreditar que realmente em Portugal existe mesmo muito bons profissionais. É claro que a centralização em Lisboa também se notou…

Apresentaram vídeos sob o mote “impossible is nothing”, como por exemplo o vídeo do Gomo. Ainda apresentou trabalhos Manuel Sousa do departamento de Motion da Fullsix e Pedro Pinto.

50Done & friends is presenting. For those who don’t know yet 50Done & friends is a project of Rui Vieira ( currently Creative Director at Fullsix Portugal) to do out of the box projects in the areas of digital creation and communication they work with real clients but in a diferent way of communication. Rui presents the Body and Soul, a project for Nokia that showcases beautiful models (one component shows the body , the other a more emotional soul) .
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Ingrediente X – A motion design showcase.
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Carlos Matias – Dialectica shows his creative work applied on t-shirts and shoes, and some of the illustrations shown here at the venue.
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Dialectica by Carlos Matias
Pedro Pinto, a 3d motion designer at Fullsix with some sample work.
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Retirado do Blog A source of Inspiration

Eu sei que estava um bocado desconfiado mas a sessão foi muito boa, tanto a nível de comunicação como de trabalhos apresentados!

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Karsonwilker Inc.

Este pequeno estúdio foi uma completa surpresa! Apresentaram-se como um pequeno gabinete de 2 pessoas e meia (piadinha para o estagiário que trabalha com eles) denotando um forte sentido de humor e ambiente descontraído no escritório.

Pode ler-se no Centopeia:

KarlssonWilker – this guys made me have one of the best laughable moments of OFFF, their trip to Serbia and the whole plot around them was and is movie material! Jesus, how wrong can you be when you first overlook a project. One of the things I liked about them, was the way they started and addressed the ‘bumps’ on the road, the shortness of ‘resources’ and how they creatively resolved each of them. You can see their work here, and one of you’ll probably recognize immediately is the MTV orbs:

mtvorbs.jpg

Definitivamente, a reveleação de todo o festival. Uma apresentação cómica, bem ritmada, que mostra detalhes suficietes sobre o processo de trabalho.

Sobre o trabalho em si, começaram, sempre num registo com muito humor, por apresentar o trabalho que fizeram para os Vines, Capitol Records. Com base numa fotografia a preto e branco da banda e o álbum (que odiarma ter de ouvir durante u mês).Atrasaram a realização do trabalho até à véspera e arriscaram entregar “uns riscos” [rasurados das caras dos membros da banda]. “From then on, we just scribbled…”

Falaram sobre como os trabalhos consequentes eram pequenos, mas “we love these jobs, they don´t pay much…” como por exemplo o da Hatter Music.

Alguns trabalhos mais cómicos e promocionais, como o cartão de boas festas (atrasado) segundo o calendário chinês… feito por impressores chineses!

Young Guns Competition para o ADC e trabalho para a MTV Networks USA.

Explicaram o processo rocambolesco pelo qual passaram para desenvolver o calendário nacional da Sérvia (?). Desde o contacto à insólita viagem guiada e forçada pelo o país. Foram os primeiro Designers que ouvi falar terem um outdoor com as caras deles… qual AdBusters quais quê! Fizeram-no com um rigor de registo impressionante, mostrando todas as etapas e explicando o porquê das páginas do calendário.

KarlssonWilker – this guys made me have one of the best laughable moments of OFFF, their trip to Serbia and the whole plot around them was and is movie material! Jesus, how wrong can you be when you first overlook a project. One of the things I liked about them, was the way they started and addressed the ‘bumps’ on the road, the shortness of ‘resources’ and how they creatively resolved each of them. You can see their work here, and one of you’ll probably recognize immediately is the MTV orbs:

Blog Centopeia

Impressionante também foi a explicação do desenvolvimento do Public Art Book. Construíram um veiculo e apelidaram-no de “Creative Trio Urban Visual Recording Machine” e passearam aproximadamente 6 dias pelas ruas de Nova Iorque a registar clips de 30 segs. de som e de imagem no qual resultou todas as capas desse livro (mandadas encadernar juntamente).

Fica uma citação em tom de resumo desta conferência: “Fun & Unexpected”

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Andy Cameron e Régine Debatty do We Make Money not Art


Regine acabou por explicar como começou a escrever para este blog, que nem sempre teve este formato. Confesso que esta foi uma das conferências que me desiludiu. O inglês dela era um pouco macarrónico e pareceu estar a fazerum percurso de promoção do material que tem on-line. Bom, o WMMNA não precisa dessa promoção. É um excelente recurso (que acompanho há algum tempo) e que, explicado daquela forma, fica um pouco aquém da realidade… O aspecto mais positivo a reter foi a persistência que ela manifestou ao longo dos tempos, insistindo na produção do blog, que eventualmente compensou. Regine é editora, escritora e colunista profissional.

A apresentação da Fabrica também não foi muito melhor. Andy apresentou alguns trabalhos bons, muito bons como o United People, Beneton Play, a montra da Colette… revela que pretendem investir em novos artistas (como confirmado pelo call for artists no final). A conversa começou e descambou rapidamente para uma troca de comentários sem grande crítica ou construção (acho eu)… apenas observações. Não me pareceu ser muito interessante, mas às tantas sou eu que não me entusiasmo com a discussão sobre trabalhos de instalação. Mais uma vez, a língua, ou melhor, a pronúncia dos dois não ajudou.

Mais uma vez, a minha opinião parece divergir da opinião geral. Lê-se no Centopeia:

Andy Cameron (interviewed by Régine Debatty) – Andy’s work precedes him, but his mostly known this days by being the creative director of Fabrica (the Benetton research center in Treviso, Italy). One of the things that got my attention was his idea about collaborative art works and getting people to participate in their works, his idea of augmented spaces and the overall idea of how playfulness is THE primary form of interaction really make a lot of sense and I confess he just made it to may Playful Interactions presentation that I’ve been working on. Régine blogged about her interview here, so if you’d like to know a bit more I strongly recommend it’s reading.

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Painel de Data visualization: Aaron Koblin, Santiago Ortiz/Bestiario, Manuel Lima e JL de Vicente

O painel de Data visuzalization foi um dos poucos que resultou. Quer dizer, enquanto painel afastou-se do pretendido de um painel de discussão, foi mais um painel de apresentação de trabalhos, mas mesmo assim a dinâmica foi muito boa. Começa com Manuel Lima a apresentar o projecto iniciado na Parson SVA no Mestrado que realizava na altura – www.visualcomplexity.com

Explicou as secções do site e apresntou alguns princípios à organização dos projectos que já tem inseridos na base de dados do site.

“We need to make sense of the social usage of tools”

Apresentou os métodos de visualização – “Documenting the syntax of the new language”

  • – Diagramas;
  • -Radial centralized Networks;
  • -Elliptiacl implosion;
  • – Radial segmented networks;
  • – radial…

Seguiu-se Santiago Ortiz e basicamente apresentou o Bestiário e o seu novo site… a própria interface reflecte-se nas estruras subjacentes… absolutamente espectacular!… e tudo feito em Flash! Santiago tem demonstrado espantososas capacidades desde que tomei conhecimento do trabalho dele.

No se que opinarán mis compañeros pero creo que estarán conmigo, en este festival está mejor el segundo dia que el primero. He asistido a lo que para mi ha sido una de las mejores conferencias de este año. Un trío brutal: Aaron Koblin, Santiago Ortiz y Manuel Lima.

Blog Mariabarcelona

Apresentação do www.metaplexity.org

Aaron koblin entrou em palco e falu do projecto Flight Patterns. Da importância da abertura das APIs como o Yahoo e da AT&T. Mencionou o Amazon Mechanichal Turk.

Tenho pena, mas as minhas notas voltam a tornar-se crípticas nesta fase e poucos anotamentos percebo, mas algumas aspectos saltam à vista – a visualização de dados consegue-se através de um processo iterativo de contrução, captura e representação.

De qualquer forma, e dado que esta foi uma das melhores conferências do festival, remeto-vos para a excelente reportagem que a Regine fez desta sessão

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Fake Pilot

Aqui está uma apresentação que tinha a estrutura e o potencial para ser uma sessão muito boa. Apresentou-se no palco com um vídeo introdutório muito bom, mas depois a sessão foi plug atrás de plug auto-promocional. Seria muito interessante se ele tivesse a capacidade de estar em palco como o Joshua Davis ou como o Ze Frank. No final começou a ser aborrecido. Mais uma vez a pronuncia não era a melhor e o tempo/dinâmica de apresentação foi como uma curva descendente…

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This Happened / Interaction Design Panel Joel Gethin Lewis, Chris O’Shea & Andreas Muller (Nanika)

Foi uma apresentação muito boa. Mas… como foi o mote de todo o festival, os painéis não funcionaram muito bem e resultou “apenas” numa mostra de trabalhos e reels de forma pouco inspiradora.

Mas não me interpretem mal,… os trabalhos mostrados… ufa!

Contrariando a tendência Chris O’Shea apresentou os projectos e mencionou brevemente algumas técnicas usadas como o uso de Processing na contrução do Dance Floor e OpenFrameworks no Out of Bounds. A citação do dia foi muito parecida com a de Natzke: “Having ideas is easier than making them happen”

Ah,… e o Andreas Muller é o maior… é só o que posso dizer…

Aproveito para citar (ainda mais uma vez) o Centopeia, porque concordo com a opinião expressa:

Although I actually enjoyed the Interaction Design Panel I honestly think they got the name of panel wrong, should have been Interactive Design Panel and not Interaction Design, since there’s a great gap between Interaction and Interactive

Some of the works presented were really interesting, Andreas Muller (Nanika) presentation, he talked and show several amazing ideas for dynamic and interactive visualizations where people can take part of the images and have some control over what they’re watching. I found particularly interesting his work’s for Nokia with the moving (ephemera) messages. One other project I liked in his presentation was his idea of teaching a computer how to draw, Andreas coded a program – Hana that allows the computer to draw flowers without any bitmap whatsoever, and the final result is something of amazing!

hana-nanika.jpg

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Alex Trochut

Esta foi a segunda conferência que me surpreendeu muito pela positiva. “How to conceive things in a new way” O trabalho Tipograffio e de lettering de Trochut é excelente, minocioso e completamente louco!

La presentación del diseñador barcelonés Alex Trochut se llevó una de las ovaciones más sonoras y largas de lo que llevamos de festival. Y no es para menos ya que su inspirador trabajo crece y te sorprende a cada paso.

Blog Mariabarcelona

Apresentou a reformulação/reinterpretação do Script Super Veloz do seu Avô Jaon Trochut. E foi assim o mote para o resto da conferênica – “The simpler the shapes, greater the possibilities”. Deste modo também consegue procurar uma maior harmonia nas composições.

Sistema modular de desenho. Revela pequenas influências dos tipos árabes, góticos e tailandeses -> WASAVA

Mostra um pouco as comps, as fases por que passa normalmente um processo de desenho até à finalização da composição final. Excelente domínio dos degrades e simulação de 3D em vectorial.

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Hi-Res!

Não apresentaram surpresas… aliás, a sessão foi um pouco mostra de reels, o que me desiludiu um pouco face às espectativas… Foi interessante ver o desenvolvimento do projecto integral Hanso Foundation “breaking the wall between real and fiction”

Impressionante foi o uso e domínio da tecnologia PaperVision 3D com a implementação de uma motor de física completamente funcional. Isto é, impressionantes, mas não muit surpreendente. A tecnologia Sockwave debita aquela qualidade e interacção (acho…) há muitos anos, mas…

Secret Wall tatoos (de quem?)

By Pedro Amado

Professor Auxiliar na Faculdade de Belas Artes Universidade do Porto a lecionar Design de Tipos de letra digitais (Variable Fonts), Tipografia, Introdução à programação em Web Design II (Javascript) e Creative Coding em Laboratório de Som e Imagem (Processing). Investigador integrado no i2ADS na intersecção da Arte, Design e Tecnologia.

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